Algumas semanas depois
Mariele Andrade
-Vamos pra Miami esse final de semana? - Douglas disse assim que voltou pro quarto, depois de ter dado um jeito na cozinha.
-Fazer o quê, amor?
-Conhecer – ele disse se jogando na cama - Eu sempre quis sabe?! Além de que podemos dar uma passada em Orlando... - sorriu, Douglas era uma criança crescida.
-Você inventa demais amor, do nada você pensa nessas coisas loucas - ri.
-Eu já vi tudo, e comprei as passagens – apontou para escrivaninha do lado da cama e eu peguei assustada. Dentro havia duas passagens saindo de Londres às 15 horas da tarde.
-Caramba, você é doido mesmo – ri olhando as passagens novamente – E se eu não quisesse ir?
-Eu te colocava dentro da mala a força - riu
-Você tem sorte de ter uma namorada como eu – me gabei – Que faz tudo que você quer – deitei em cima dele que sorriu.
-É por isso que eu pedi essa namorada em casamento.
-Ah foi por isso? Achei que fosse por causa do meu pudim – brinquei.
-É, também foi.
-É né? – sorri beijando seu pescoço – E o que vamos fazer lá?
-Casar.
-A ta apressadinho, vai com calma.
-Casar em Miami amor, quer não?
-Quero, mas não agora, acabei de ser pedida em casamento – falei selando seus lábios. – Vamos fazer o que hoje?
-Temos que estudar – fez careta e eu assenti. Teríamos uma prova naquela semana mas que por sorte era uma das que eu tinha mais facilidade, diferente do meu noivo.
-Você tem que estudar, eu estou tranquila.
-Ah é desse jeito? Não vai me ajudar?
-Posso ajudar, mas ai o pagamento tem que ser adiantado.
-E o que vai ser?
Viagem de última hora.. amo!
Peguei minha bolsa e saí conferindo os cômodos da casa para ver se todas as janelas estavam fechadas. Nosso voo estava marcado para ás 15 horas da tarde, com previsão de chegada ás 8:30 do outro dia, pois faríamos uma conexão em Atlanta, e o voo estava previsto para sair de lá ás 19:15. Ou seja, uma longa viagem nos aguardava e junto a isso, uma sensação entranha me preenchia, e eu gostava dela, sabia que Mimi me traria muitas surpresas.
Luan Rafael
Tinha recebido uma proposta do Domingão do Faustão para gravar uma matéria em Miami e gostei de cara da ideia. Eu iria me encontrar com Romero Brito, aonde conheceria diversas obras que ele tinha espalhada pela cidade, além de visitar seu ateliê e ter a oportunidade de pintar com ele. É lógico que estava muito empolgado com tudo.
Então, em plena sexta-feira, depois de um show, me dirigi ao aeroporto de São Paulo para pegar um voo em direção a Miami. Por coincidência encontrei com a Claudinha Leitte aonde conversamos por alguns minutos. Falamos sobre nossos filhos, nossa trabalho e de brinde sobre nossa vida amorosa, aonde tive que admitir que continuava sozinho, e provavelmente, seria assim pelo resto da vida. Tirei uma foto com ela e postei no meu Instagram, pegando minhas fãs de surpresa.
Encontrei essa moça perdida no aeroporto aqui..dei colo e bejo..ela indo pra LA e eu pra Miami..o jeito é viajar com ela na cabeça..apaixonei kkkk FELIZ ANIVERSÁRIO ATRASADAAAASSO MINHA COISA LINDA @claudialeitte
Me despedi da Claudia e fui com meu segurança até a área de embarque, parando para tirar foto com algumas pessoas que pediam. A viagem seria longa, mas minha ansiedade era maior ainda.
Mariele Andrade
Assim que pousamos em Atlanta eu agradeci, precisava esticar minhas pernas e andar um pouco, só não sabia que seria tão entediante. Ficar horas ali esperando nosso voo sair era um saco, odeio conexões com toda minha alma. Quando finalmente nosso voo foi chamado, eu fiz meu noivo ir comigo pra fila de uma vez, com isso, fomos uns dos primeiros a entrar e dessa vez, eu dormi o resto da viagem inteira.
Quando enfim chegamos ao nosso destino eu estava ligada no 220, sem um pingo de sono.
-Esse aeroporto é enorme - falei encantada com o lugar que além de grande era lindo.
-É verdade. Vamos logo pro hotel porque eu estou exausto.
-A mentira amor, acabamos de chegar, vamos sair.
-Eu quero dormir,amor. Você consegue dormir em avião, eu não.
-Então vou sair sozinha.
-Tudo bem, eu deixo - ele riu puxando as malas para fora do aeroporto, onde pegaríamos um táxi. - The Setai por favor. - ele falou em inglês, depois de ter colocado as malas no porta - malas e ter sentado do meu lado. O taxista assentiu e logo estávamos a caminho do hotel que ficaríamos.
-É verdade. Vamos logo pro hotel porque eu estou exausto.
-A mentira amor, acabamos de chegar, vamos sair.
-Eu quero dormir,amor. Você consegue dormir em avião, eu não.
-Então vou sair sozinha.
-Tudo bem, eu deixo - ele riu puxando as malas para fora do aeroporto, onde pegaríamos um táxi. - The Setai por favor. - ele falou em inglês, depois de ter colocado as malas no porta - malas e ter sentado do meu lado. O taxista assentiu e logo estávamos a caminho do hotel que ficaríamos.
Luan Rafael
- Aquele táxi está ocupado - falei pro meu segurança que pediu pra eu ir indo pro táxi, como se alguém fosse me parar ali.
-Se tivesse ido na hora que falei estaria ocupado por nós - ele falou bravo.
-Que foi, tá de TPM? - brinquei e ele revirou os olhos - A muié do cara já foi entrando, quer que eu tire ela de lá? - brinquei indo até o táxi e ele me chamou de novo. De longe ainda vi o táxi sair dali devagar, e um cabelo escuro bem liso que me chamou a atenção, na verdade não a cor do cabelo da menina, e sim o jeito que ela mexia nele, que me fez na hora lembrar de alguém...
-Vem Luan - Well me chamou e só então eu vi que ele já colocava nossas malas no carro. - Agora não sei o nome do lugar - ele disse nervoso procurando um papel no bolso.
-Para onde? - o taxista perguntou e eu custei a entender.
-Só um minuto - respondi com meu inglês improvisado.
-Achei. The Setai - falou e o cara assentiu sem perguntar mais nada.
O hotel não era tão longe do aeroporto, mas o motorista do táxi era muito devagar, dava até vontade de pedir pra ele deixar que eu dirigisse.
Quando enfim chegamos eu fiquei boquiaberto, aquele era um dos hotéis mais lindos que eu já vi na vida, bem de frente a praia. Devia ter uma vista pro mar incrível. Desci do táxi enquanto Well acertava a corrida e logo em seguida fomos fazer nosso check in. Por dentro o hotel era ainda mais bonito e a recepção estava vazia, com exceção de um casal que provavelmente também fazia check in. Eu nem olhei muito, fiquei apoiado na bancada enquanto Well - que falava inglês pior do que eu - pedia dois quartos ao recepcionista.
-Amor, eu vou comprar alguma coisa pra gente comer e você pode ir subindo, os recepcionista vão levar nossas malas - ouvi o cara do outro lado falando e sorri. Eram brasileiros também...
-Aqui sua chave - Well entregou pra mim - Pode ir pro seu quarto, vou encontrar com o pessoal da equipe, é uma droga quando seu secretário não vem - ele falou bravo e eu ri. Só meu segurança pra estar de mal humor em Miami.
Peguei a chave e fui em direção ao elevador, deixando minhas malas com o recepcionista que também as levaria.
-Segura moça - gritei correndo em direção ao elevador, falando meu idioma mesmo, já que sabia que ela era brasileira. A porta estava quase fechada mas a mão pequena dela conseguiu segurar e a porta tornou-se a abrir. Meu queixo quase caiu quando vi quem estava na minha frente. Não era possível que até ali eu encontraria com a Mariele. Esse destino deve gostar muito de brincar com nossa cara.
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