-Pois é, e olha que eu nem forço nada - brinquei e ele riu. Dá pra acreditar que outra vez estávamos frente a frente?
- Não sabia que você era advogada?
-Na verdade não ainda, faço faculdade de direito mas não sou formada e nem tenho OAB, vim pela empresa falar do processo. - expliquei e ele assentiu.
- E cadê o resto do pessoal?
-Na verdade não ainda, faço faculdade de direito mas não sou formada e nem tenho OAB, vim pela empresa falar do processo. - expliquei e ele assentiu.
- E cadê o resto do pessoal?
-Não sei, não vieram com você?
-Na verdade eles saíram antes de mim, mas tá chovendo tanto lá fora que deve ser por isso que não chegaram ainda, eu peguei um atalho pra não me atrasar.
-Chovendo? - perguntei meio perdida, quando eu entrei o tempo estava fechado, mas não tinha chuva nenhuma.
-Pois é, começou do nada.
-Eles devem estar presos no engarrafamento.- dei de ombros - O Rober e o Well não estão contigo?
-Só o Well, mas ele não participa da reunião. - falou se sentando em uma das cadeiras e bateu na que estava ao lado dele - Vem, senta aqui. Vamos conversar enquanto o povo não chega - falou sorrindo e eu fiquei toda boba, sempre fui apaixonada naquele sorriso dele.
-Quer falar sobre o processo? - perguntei me sentando ao seu lado.
-Não, deixa isso pra quando o povo chegar.
-Então quer falar sobre eu estar te prejudicando?
-Você? Me prejudicando? - perguntou me olhando de lado.
-É, as últimas notícias...
-Cê viu cara? Que viagem... mal sabem eles que você e meu secretário que se pegam - falou rindo e eu neguei dando um toque em seu braço.
-Então quer falar sobre eu estar te prejudicando?
-Você? Me prejudicando? - perguntou me olhando de lado.
-É, as últimas notícias...
-Cê viu cara? Que viagem... mal sabem eles que você e meu secretário que se pegam - falou rindo e eu neguei dando um toque em seu braço.
-Não existe eu e seu secretário.
-Como não? Tem que existir - ele bateu na mesa como se estivesse bravo e depois começou a rir. - Dá uma chance pra ele pow.
-É a segunda vez que você me pede isso, mas sinto muito, não vai rolar mesmo. Rober não chega perto do tipo de homem que me atrai, apesar de ser bonito e super gente boa.
-E que tipo de homem te atrai? - perguntou afastando sua cadeira, colocando uma perna sobre a outra e apoiando a mão na cadeira que eu estava sentada.
-Ah - pensei um pouco e vi que o tipo de homem que me atraía, era bem o tipo do Luan, mas lógico, não ia falar isso - Gosto de homens fortes, mas não muito, mais altos que eu de preferência, o Rober fica baixinho perto de mim. - falei e ele riu concordando.
-Sei, então seu tipo de homem sou tipo eu? - falou e eu engasguei ficando sem graça na hora - Relaxa, foi só uma pergunta.
-É... mais ou menos - disse sem jeito, jogando o meu cabelo pra trás.
-Mas as vezes, ficar com tipos de pessoas diferentes é legal - ele continuou insistindo e eu neguei, me ajeitando na cadeira - Que demora não é? - ele falou encarando o relógio que ficava de frente pra onde estávamos, eu apenas assenti.
Ficamos em silêncio por alguns minutos e fomos surpreendidos por uma queda de luz.
-Droga - ele reclamou. - Tava sentindo que ia acontecer isso.
Eu apenas continuei calada, não conseguia ver absolutamente nada, e confesso que tinha um pouquinho de medo de ficar no escuro.
- Eu falei pra colocaram aquela luz de emergência aqui sabe? Mas eles estavam providenciando - ele falou puxando assunto e eu continuei calada - Ainda está aqui?
-Estou - ri dele.
-Ufa, que bom. Se tivesse sozinho ia ficar com medo - falou e eu ri - Tá rindo por quê? Você não ficaria com medo também?
-Claro que sim.
-Então...
-Mas eu tô com medo mesmo com você aqui - confessei e ouvi ele rindo.
-Vem cá, eu te protejo - senti os braços dele me envolverem e me arrepiei na mesma hora. Ele me puxou pra perto e eu consegui até sentir seu cheiro. Tive até que fechar os olhos pra acreditar que aquilo estava acontecendo - Se sente melhor agora? - perguntou e eu assenti, me esquecendo que ele não veria por causa da escuridão. - Você tem um cheiro gostoso, Mari - falou cheirando meu cabelo e aí sim, eu me tremi inteira.
-Você também. - falei sem jeito e ele deu um beijo em minha cabeça, me pegando de surpresa outra vez.
Encostei minha cabeça em seu ombro e aproveitei o momento que estávamos tendo. Foi então que a luz voltou, fazendo a gente se encarar sem jeito e então, quando eu menos esperava ele foi se aproximando mais de mim, ele iria me beijar?
A porta se abriu e nos afastamos depressa, seu Amarildo entrou na frente e logo atrás veio o Fábio, como eu já esperava. Eles pediram desculpa pela demora e se sentaram de frente pra nós dois. Eu estava completamente sem jeito, torcendo pra que eles não pensassem nada.
-E então Mari, chegou faz tempo? - seu Amarildo puxou papo e eu assenti colocando o cabelo atrás da orelha.
-Antes da chuva começar - sorri abrindo minha pasta.
-Pois é, começou a chover do nada e o engarrafamento tava muito tenso - explicou - Fico feliz que tenha dado pra você vir, eu pedi pro seu chefe mandar você, acho que vale mais experiência não é verdade?
-Sim, obrigada por me chamar - sorri surpresa, tava explicado o motivo de eu estar ali.
-E então Mari, chegou faz tempo? - seu Amarildo puxou papo e eu assenti colocando o cabelo atrás da orelha.
-Antes da chuva começar - sorri abrindo minha pasta.
-Pois é, começou a chover do nada e o engarrafamento tava muito tenso - explicou - Fico feliz que tenha dado pra você vir, eu pedi pro seu chefe mandar você, acho que vale mais experiência não é verdade?
-Sim, obrigada por me chamar - sorri surpresa, tava explicado o motivo de eu estar ali.
Conversei com eles sobre o processo e eles me falaram o que tinha acontecido de fato, anotei tudo pra passar pro meu chefe que daria entrada no processo. Me despedi deles e fui pra casa, tentando digerir o que tinha acontecido, eu quase beijei o Luan, dá pra acreditar?
Luan Rafael
Eu não tinha show na sexta e meu pai disse que íamos processar alguém por direitos autorais. Não entendi direito mas ele falou que seria legal que eu fosse na reunião pra entender mais o que estava acontecendo, sabia que na verdade ele queria que eu voltasse a me envolver com tudo, como fazia antes.
Brinquei com Luana na parte da tarde que a cada dia falava mais coisas novas, me deixando todo babão.
Fui me arrumar perto das 17h30 e mesmo assim, saí depois que meu pai e Flavio. Até preferia, gostava de dirigir sozinho, ouvindo minhas músicas, sem conversar com ninguém. Como saí um pouco atrasado, peguei um atalho, sendo surpreendido por uma chuva forte que começou do nada. Mesmo assim, cheguei no escritório em seguida.
-Boa tarde Paulinha.
-Tudo bem, Luan?
-Tudo certo.
-Que bom, a moça do escritório de advocacia já chegou.
-Então vou lá - beijei sua mão e fui até a sala de reunião.
Me assustei ao ver que quem estava ali era Mari. Que tipo de perseguição era aquela? Eu nem sabia que ela era advogada. Ela me explicou que na verdade era estagiária e depois ficamos conversando sobre outras coisas. Pelo jeito, Rober não ia conseguir ficar com ela mesmo.
Inesperadamente a luz se apagou, o que não me surpreendeu, eu já esperava por aquilo. Puxei papo outra vez com a menina e ela confessou que tinha medo. Sem segundas intenções eu a abracei, e fui enfeitiçado pelo seu perfume, que na verdade era muito bom. Falei que ela tinha um cheiro bom e aproveitei pra sentir mais de perto, ela disse que eu também tinha e depois beijei sua cabeça. Acho que aquilo deixou ela mais a vontade, já que ele deitou a cabeça em meu ombro.
Logo em seguida a luz voltou e nós nos encaramos. Aqueles olhos dela parece que me puxavam, e eu não sei explicar, só sei que senti vontade de beijar a boca dela, e por isso, comecei a me aproximar.
Meu pai e o Fábio chegaram bem na hora, me impedindo de fazer aquela loucura. Meu amigo era afim dela, eu não podia. Ficamos sem graça durante toda a reunião, e eu só conseguia pensar no quanto Rober ficaria chateado, se sonhasse com o que quase tinha acontecido.
Assim que saí dali, voltei pra minha casa. Minha filha já dormia, mas eu estava afim de fazer alguma coisa. Liguei pra alguns amigos e eles aceitaram ir lá pra casa, a gente ficaria jogando baralho por um tempo e quem sabe, assaríamos algumas carnes.
Tomei um banho antes do pessoal chegar e não demorou pra que isso acontecesse, inclusive Rober estava ali. Eu achei melhor nem falar que tinha visto Mari naquele dia, e como ele não tocou no assunto, acho que nem ela tinha falado nada pra ele. Fomos pra área de lazer e começamos a jogar poker. Rober não quis, ficou no celular.
-Larga esse celular, boi - falei - Vem jogar.
-Aqui tá melhor - sorriu todo bobo, e eu sabia que ele estava falando com a tal da Mari.
Deixei o povo lá jogando e fui temperar a carne pra assar, bateu vontade em todo mundo, de última hora.
-Cadê sua vitrola, Luan?
-Tá aí.
-Liga ela pra nóis.
-Opa, pra já - deixei a carne ali e fui procurar um vinil pra colocar. Escolhi Tião Carreiro e Pardinho - Aooow trem.
-Aí sim - Fabio comentou.
-Assim cê mata nóis - Rober disse rindo.
-É né cabra apaixonado? - brinquei com ele, indo acender a churrasqueira.
Enquanto fazia o fogo aumentar, ia cantando as músicas que tocavam, daquelas que apertava o peito, e me fazia sentir saudades da minha pequena. Depois de enfim acender a churrasqueira, peguei a carne e coloquei na grelha, ainda cantando a música junto com o vinil. Rober se aproximou mais, cantando junto comigo.
Vai com Deus. Sejas feliz com o teu amado.
Tens aqui um peito magoado. Que muito sofre por te amar.
-Aooow - falei batendo em sua mão. - Que foi que tá aí suspirando - peguntei cruzando os braços.
-Olha isso aqui, cara. Vê se eu não tenho motivo pra tá tão afim dessa mulher. - me mostrou o celular e eu engoli em seco.
mariandrade
Mari tinha um rostinho de boneca sem igual, era toda lindinha.
-Ela é muito linda mesmo, boi.
-Olha a legenda... "A vida gosta de surpreender a gente..." - leu e eu só consegui pensar no que tinha acontecido com a gente no escritório, será que ela estava se referindo ao que eu estava pensando? - Ela está certa, não é mesmo?
-Hã?- perguntei perdido.
-A vida surpreende mesmo, quando me imaginei afim de uma fã sua.
-Pois é, me agradeça por isso.
-Pois é, ela trabalha pro escritório que a LS Music contratou.
-Eita destino bom, sempre fazendo ela ficar mais perto de alguma forma - disso todo apaixonado, stalkeando a menina pela milésima vez.
-Pois é.. - só concordei virando a carne. Destino bom pra ele, e comprometedor pra mim, já que ela apesar de ser "envolvida" com o Rober, acabava sempre se ligando ao meu nome de algum jeito.
Notas da Autora:
Hummm, rolou clima Luriele. Rober abre o olho kkkk Luan só lembrou do Rober depois, antes de beijar ele não pensou não né? Safado mesmo kkkk E por falar em Rober, acho que algupem tá muito apaixonado ein. Desapega Rober, pro seu bem... E vocês vão entender em breve. Breve muito breve mesmo! Comentem pra eu soltar o próximo, assim que eu acordar amanhã, depois de 20 comentários. E por falar em comentários, tô amando vocês comentando muito, vocês me deixam cada dia mais feliz. Obrigadaaa.
PS: O tão esperado capítulo está muitoooo próximo! SOS.
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