Eu mal consegui me divertir no show com aquela menina do lado, ela só ficava no celular e de certo estava se gabando pras amigas no whats app.. Eu não a vi cantando uma música se quer, só dançava algumas e olhe lá. Eu pensei que ela seria lepo lepo, mas ela não foi, e também nem se importou com isso, a única que se importava com aquilo tudo era eu, que já nem queria ir mais pra balada nenhuma.
Assim que o show terminou fomos direto pra van, Luan ainda passou no camarim e ficamos esperando ele. Quando ele entrou, se sentou do lado da menina e já começou a cochichar no ouvido sela, eu só fiquei mais irritada do que já estava.
Chegamos na balada um pouco tarde, mas pelo visto ainda estava bem movimentada. Fomos pro camarote e não demorou muito pra ele começar a beijar a menina sem se importar comigo ou com ninguém. Aquilo me incomodou, e muito. Não era fácil ver, e não era fácil fingir que nada daquilo me incomodava. O jeito era beber e não ficar olhando.
Fui pro bar e ali fiquei um tempo, com Rober do lado passando a mão no meu cabelo sem falar nada, parece que ele percebeu que eu não estava afim de conversar mesmo.
-Vamos dançar, amiga - Tanara segurou minha mão e fez eu levantar.
-Tô com o pé doendo - menti.
-Você sempre foi a mais animada, mana.
-Pode deixar ela aqui comigo que eu cuido Tatá - Rober falou e então ela saiu, rindo como se alguma coisa diferente fosse acontecer ali.
Olhei pro lado e vi o Luan quase engolindo a menina de novo. Apenas virei o resto da bebida que estava no copo.
Luan Rafael
Tinha ido acompanhado pra balada, mas estava arrependido. A menina simplesmente não sabia beijar, além de ser grudenta. Ficou pendurada em meu pescoço desde a hora que pisei naquele camarote. Não sei do que adiantava ter aquele corpo incrível se não sabia beijar.
Olhei em direção ao bar e vi Rober alisando a Mari, que não parecia muito animada. Ai se ele não fosse tão afim dela, eu estaria era ficando com ela, que beijava melhor. Bem melhor! Parei de olhar pros dois e encarei a menina que sorriu pra mim.
-Vou ali pegar alguma coisa pra beber? Você quer?
-Não, quero ficar aqui com você - ela falou beijando meu pescoço.
-Eu vou lá rapidinho - fiz que ia sair mas ela me puxou. Menina grudenta do caralho.
Perto das 5 horas eu quis ir embora. Chamei o Rober com o dedo quando a loirinha - que até aquela hora eu não sabia o nome, e nem queria - foi ao banheiro, e ele veio contra gosto. Falei que já queria ir e ele quis me convencer a ficar mais um pouco, mas eu não aguentaria aquela menina nem mais um minuto.
-Só mais uma horinha, boi. A Mari até dançou comigo, certeza que pego ela hoje.
-Desiste boi, ela não vai ficar com você, e eu cansei do grude dessa menina.
-Me ajuda vai? Você já se deu bem hoje, não me empata.
-Tá cara, só mais 30 minutos por favor. Me ajuda também.
Ele bateu em meu ombro e saiu sorridente. Encostei na grade e fiquei observando ela dançando enquanto ele voltava pra perto dela.
Mari seduzia todos os homens daquele lugar, mesmo sem querer, só com aquele corpo que ela tinha, junto ao gingado de um lado pro outro. Segurava seu cabelo em cima e de perto sua maquiagem devia estar borrada mas nada disso tirava a sensualidade que ela tinha, ao som do funk que tocava. Rober chegou por trás e ela continuou dançando, de costas pra ele. Bebi um gole da minha bebida, e uma cena veio em minha cabeça.
Flash Back
Começou um funk e Ana decidiu me provocar, me puxou pra um canto mais escuro e começou a roçar na minha perna que estava esticada pra ela dançar. Além disso, ela segurava seu cabelo em cima e rebolava na minha perna enquanto eu a segurava com a mão esquerda. Seu batom estava um pouco borrado e mesmo assim, ela estava estupidamente sexy. Quando eu menos esperei, ela virou de costas e colocou os braços pra trás segurando em minha cintura roçando no meu corpo, descendo até em baixo.Não consegui me controlar e fiquei animado na hora, sentindo vontade de a levar pra qualquer lugar.
-Não provoca não - falei próximo ao seu ouvido e mordi seu pescoço.
-Poxa, mas eu amo provocar - fez graça e eu podia jurar que ela ria por me deixar daquele jeito, já que estava cada vez mais duro. Mas lógico que ela não iria parar, colocou a mão no joelho e continuou se mexendo, me deixando dolorido, e pronto pra explodir a qualquer momento. Ela me olhou com uma cara de safada sem igual e eu mordi os lábios.
-Gatinha, vamos pra outro lugar vamos?- pedi colocando as mãos na sua bunda tão avantajada, ela era muito gostosa.
-Só se for agora - respondeu e me puxou pela mão. Amava aquele lado safada dela, o primeiro lado seu que eu tinha conhecido.
------------x-----------
Abri os olhos e encarei o lugar, infelizmente não teria minha Ana pra me provocar outra vez.
A loira chata voltou e eu tive que continuar fingindo que estava satisfeito com ela.
Voltei a prestar atenção em Rober e Mari, mas quando ele a virou e tentou beijá-la, ela o empurrou e voltou a ficar de costas. Pelo visto, ele não conseguiria mesmo. Peguei minha carteira no bolso e puxei uma nota de 100$ e outra de 50$ e entreguei pra loira.
-Pra você pagar o táxi - expliquei e ela me olhou confusa. Já não aguentava mais ficar ali, e depois de lembrar de Ana, só queria ficar sozinho.
-Não vou pro hotel com você?
-Sabe o que é gatinha? Eu tô cansado, e amanhã viajo cedo.
-Mas eu ia te fazer relaxar - ela continuava insistindo, beijando meu pescoço, eu já estava enojado.
-Hoje não - tirei as mãos dela do meu pescoço e chamei o Well, falando que queria ir embora logo.
Mariele Andrade
Bebi e não olhei mais pro Luan, isso fez eu começar a me divertir, ao menos um pouco. Também não valia a pena ficar ali me remoendo. Rober tentou de novo, ele não desistia. Tatá aproveitou pra colocar pilha, falava que não tinha nada demais eu beijar ele, mas a situação estava mais delicada, Rober já não sentia só mais uma atração, e naquela noite mesmo ele assumiu isso pra mim.
-Mari, eu tô gostando de você de verdade, mas você não me dá nenhuma chance... - falou no meu ouvido e eu ri alisando seu rosto.
-Eu também gosto de você, Rô. Mas não consigo ver eu e você juntos, não combina - ri.
-Você não sabe, está supondo.
-Deixa rolar tá bom?- beijei seu rosto e ele assentiu.
Luan o chamou e ele saiu de perto por pouco tempo, mas logo voltou e continuou investindo. Eu não queria, e quando eu colocava algo na cabeça não tinha quem conseguisse tirar. Eu não queria o Roberval, eu queria o amigo e patrão dele, que estava com outra, nem aí pra mim.. Idiota, mas não tinha culpa, são coisas do coração...
Fomos embora minutos depois, e por incrível que pareça a menina não estava na van com a gente. Aquilo me animou um pouco, o fato dele não ir pra cama com ela era motivo pra comemorar, nunca imaginei Luan com uma menina só pra ficar, sem uma segunda intenção no fim. No mínimo ela era chata, ou sei lá.. tinha mal hálito. Ri de mim mesma e agora já me sentia melhor.
Chegamos no hotel e eu via tudo rodando, tinha exagerado na bebida e sabia disso. A porta do elevador se abriu e eu puxei Tatá pelo braço, ela me olhou sem entender.
-Não vão entrar? - Rober perguntou.
-Vou ali no restaurante com a Tatá comer algo, rapidinho - falei e ele assentiu, soltando a porta e deixando ela se fechar. Mais uma coisa da minha cabeça ou não, Luan me encarou até que ela enfim se fechou. Só queria saber o que se passava na cabeça dele.
-Tá evitando o Rober? - ela perguntou.
-Mais ou menos. Você pode subir, e vou ali beber um café pra não acordar com tanta ressaca amanhã.
-Tá bom, só não vou com você porque tô querendo um banho naquela banheira. - riu apertando o botão a espera de outro elevador.
-Vou indo lá - sorri pra ela e fui na direção do restaurante do hotel.
Bebi o café com calma, pois ainda me sentia meio zonza. Brinquei com a borda do copo me lembrando da noite frustante que tinha tido. Luan ficou comigo e foi só isso, eu tinha que parar de colocar expectativa nas coisas e começar a enxergar o obvio, parar de ser tão boba. Peguei meu celular e respondi algumas pessoas que tinham falado comigo, em seguida fui olhar o instagram e vi uma notificação de que tinha sido marcado em uma foto que a Tatá tinha postado.
tanarah
tanarah Chama o xamu! rsrs
Ri da foto, nem lembrava que tínhamos tirado ela. Guardei meu celular de novo, paguei o café pra mulher que limpava o balcão e subi pro meu quarto, mesmo sem ter bebido o café todo.
Desci do elevador e comecei a andar pelo corredor, a procura do meu quarto. Encarei o cartão outra vez e olhei as portas, acho que meu quarto não era ali e eu provavelmente estava perdida. Olhei o final do corredor e comecei a ficar com medo, não sabia nem onde estava mais. Corri em direção ao elevador e aquilo fez um pouco de barulho. Na pressa acabei esbarrando em alguém, que me segurou com força, pra que eu não caísse.
-Mari? -a pessoa me chamou e pela voz sabia que era o Luan, eu não queria que ele me causasse essas sensações de dependência, mas ele causava. - Está tudo bem? - assenti sem o encarar - Mesmo? - tornou a perguntar e então eu olhei pro lado, vendo que a porta do quarto dele estava aberta.
-Eu tô ótima - me soltei dele.
-Por que você tava correndo? Vi pelo olho mágico quando você passou.
-Você devia ir dormir, deve estar cansado.
-Eu tô bem., mas você... parece perdida - riu segurando meu queixo me forçando a olhar pra ele.
-E tô, esses corredores são todos iguais - falei e ele riu outra vez, me deixando enfeitiçada por aquele sorriso lindo que ele tem.
-E você tava correndo por medo de estar sozinha? - perguntou e eu assenti, sem graça. - Tão linda e tão medrosa - colocou meu cabelo atrás da orelha e eu comecei a respirar mais rápido - Deixa eu comentar, que você está muito bonita hoje.
-Só hoje? - perguntei fazendo charme.
-Hoje especialmente, quase não consegui prestar atenção em mais nada.
-A tá... você prestou muita atenção naquela loira falsa que tava com você - falei e me arrependi na hora, mas ele riu.
- Não seja maldosa, foi só uns beijinhos. Tinha que encontrar alguém pra mim, eu jurava que você hoje ia ficar com o Testa, aceitou até ficar no mesmo hotel...
-E porque eu mudaria de ideia agora?
-Eu não sei.- ele deu de ombros.
-Eu já falei que eu não quero nada com o Roberval.
-Então eu acho que.. vou ter que te roubar pra mim mesmo - se aproximou devagar e outra vez, o ar falhou. - Ou você também não quer nada comigo? - perguntou alisando meu rosto devagar com o dedo indicador. Eu já nem conseguia mais raciocinar. Devido ao meu silêncio a sua pergunta ele me puxou e me beijou. Eu nunca conseguia recuar, mesmo lembrando que a horas atrás, era outra menina que ele ficava. - Eu confesso que senti falta do seu beijo - ele cochichou me dando um selinho - Vem, entra um pouco comigo, você também não parece estar com sono - falou segurando minha mão, me puxando pro quarto dele. Eu já sabia o que ia acontecer, e eu sabia que era fraca demais pra impedir que aquilo acontecesse.
Notas da Autora:
CHAMA O XAMUUU! Vocês bateram o recorde essa noite, comentário em menos de uma hora, como faço? KKKK Genteeeee, esse Luan não vale nada! E a Mari tadinha, tá caindo na lábia do cantor. O que vocês acham que vai dar esse rolo? Será que eles vão levar isso pra frente? E o pobre do Rober que tá apaixonado? Vamos ver o que vai dar. Posto depois de 22 comentários kkk
PS: Mais momentos LuAna pra gente matar saudade ><
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