Assim que cheguei com Mari em minha casa todos nos olharam. Eu tinha falado que ia buscar uma amiga pra assistir o jogo com a gente, e é lógico que eles estranharam, nunca tinha levado nenhuma outra menina em casa. Ao perceberem que estávamos de mãos dadas o espanto foi maior, e eu me diverti com aquilo.
-Vou te apresentar primeiro minha mãe - olhei pra ela que estava vermelha de vergonha e a levei até onde minha mãe estava - Mamusca, essa aqui é a Mariele - soltei a mão dela pra que ela pudesse cumprimentá-la.
Mari abraçou minha mãe que retribuiu sorrindo.
-Pazer Mariele, fica a vontade viu?
-Muito obrigada - ela disse sorrindo ainda envergonhada.
-Que foi muié? Tá nervosa? - perguntei pra ela, que tremia.
-É a sua mãe Luan, eu nunca tinha a visto de perto. Depois quero uma foto com a senhora tá? - ela falou rindo e minha mãe assentiu.
-Irônico ou não, a Mariele é minha fã - expliquei pra minha mãe que riu entendendo tudo.
Depois disso apresentei ela pra minha irmã e pros meus amigos que não a conheciam, e todos a receberam bem. Meu pai também ficou bem feliz em vê-la, mas lógico que ele nem sonhava que eu e ela estivéssemos tendo alguma coisa, não até aquele momento.
-Cadê sua filha? - ela perguntou olhando em volta.
-Ela está com os avós maternos .
Puff como um bom cachorro esperto, saiu correndo e começou a latir pra todos os convidados presentes. Mariele com boa intenção, abaixou na frente dele o chamando, mas ele latiu pra ela, e ainda rosnou. Assustada ela se afastou, e eu abracei sua cintura até Bruna pegar puff no colo.
-Ele é bravo assim mesmo - falei sorrindo pra ela.
Nos sentamos no sofá e começamos a conversar com todos.
-O nome do seu cachorro tinha que ser Huck, já falei - Marquinhos brincou e rimos dele.
-Rapaz, é porque foi minha irmã que escolher esse nome - ri.
-Ele nunca gostou de ninguém de cara Mariele - Marquinhos falou pra ela que sorriu envergonhada - Fica tranquila.
Concordei com Marquinhos sorrindo, até começar a me lembrar do dia que levei Ana pela primeira vez em minha casa...
FLASH BACK
-Então aniversariante, qual vai ser o filme? - Ana perguntou
-Opa, filme.- Bruna falou sentando com o Puff no colo.
-Ninguém te convidou - falei assim que me levantei pra ver as opções de filmes que a gente tinha.
-Eu convidei Bruna, você e essa coisa peluda.- disse se referindo ao Puff.
-Olha só, ele não rosnou pra Ana - Bruna comentou e eu olhei surpreso. Ana passava a mão nele e ele sequer latia. E olha que Puff nunca foi o cachorro mais dócil do mundo com quem ele não conhecia.
-Tem gente que consegue conquistar todo mundo mesmo.- falei sincero, voltando a olhar os filmes
-E esse cheiro em gente? Tá sentindo?- olhei pra Bruna rindo, já sabendo o que ela ia falar- Tá não? Cheiro de tinta?- Ana respondia que não, toda inocente - É que tá pintando um clima. - rimos da Bruna, e eu não falei nada..
---x---
Ri me lembrando de tudo. Agora misturado a tristeza e saudade, eu conseguia sorrir lembrando que o tempo todo que vivemos juntos, fomos muito felizes. Desde o dia em que nos conhecemos em cima do palco, até quando começamos nossa amizade colorida que não deu certo, e nos fez virar marido e mulher. Tudo bem, valeu a pena. Muito a pena.
-Quer alguma coisa? - perguntei pra Mari que negou e me levantei do sofá - Já volto - falei e ela assentiu.
Fui até a cozinha onde minha mãe e Bruna estavam e assim que elas me viram entrar abriram um sorriso sapeca no rosto.
-Lá vem.. o que querem falar da menina? Podem começar - ri pegando um copo para beber água.
-Gostei dela, além de ser bem bonita ela tem estilo - Bruna falou.
-Achei meio ousada com aquela barriga de fora - Minha mãe foi sincera e eu ri - O que não significa que não gostei dela. Ela é muito bonita e bom, eu nem conversei com ela pra falar outra coisa.
-Só queria falar pra vocês que Mariele não é minha namorada, e eu nem sei se vai ser - bebi a água de uma vez e elas ficaram caladas - Mas ela é uma menina bem legal, se conversarem com ela, tenho certeza que vão gostar.
-Vamos sim filho, daqui a pouco eu vou lá conversar com ela - minha mãe sorriu e eu voltei pra sala.
Assim que cheguei, vi que meu pai conversava com Mari, sentado onde eu estava antes. Ao chegar mais perto, pude ouvir o final da conversa.
- Que bom te ver de novo querida, é louco ver você com meu filho, mas por mim tá mais que aprovado. - disse sorrindo e eu me assustei. Mas claro, não falei nada.
Algumas horas depois o jogo começou e todos já estavam concentrados na televisão. Bruna apareceu na sala com Puff no colo que estava com uma espécie de touca, o que fez todos rirem. Ela gritou "Brasil" e todos mandaram ela calar a boca. Pedi pra pegar o Puff e ela me entregou, junto a uma bolinha amarela que ela tinha comprado pra distrair ele. Coloquei ele do meu lado e tirei uma foto.
-Luan esperto. Tirando foto com o cachorro pra ter muitos likes - Marquinhos zoou e eu ri dele.
-Tem que ser, cara.
Editei a foto no insta e postei:
luansantana
luansantana Bora Brasil, meter uns 4 gols. Eu e Puff tamo aqui na torcida!
Puff começou a morder a sua nova bolinha e eu o peguei no colo mexendo em sua cabeça freneticamente, achava engraçado fazer isso.
- Não faz assim - Mari falou levando a mão pra tocar no Puff que outra vez rosnou pra ela, e dessa vez, também ameaçou mordê-la.
-Pi, pega o Puff aqui se não ele vai acabar mordendo a Mari - disse devolvendo o cachorro pra minha irmã e coloquei o braço por trás dela, voltando a prestar atenção no jogo, que até então não tinha nada emocionante.
O jogo terminou e o Brasil tinha ganhado de 3 a 1, deixando todos animados. Fiquei um pouco ali conversando sobre os lances com os homens mas logo puxei Mari pra varanda pra que a gente pudesse ficar um pouco sozinhos. Sentei na espreguiçadeira e ela sentou entre minhas pernas. Beijei seu pescoço e ela se encolheu toda.
-E aí gatinha, gostou da minha casa?
-Gostei, sua casa é linda.
-Te trataram bem?
-Muito, e parece que tudo isso é um sonho.-suspirou - Imagina, um dia você é fã de alguém e só conhece a vida dele, sabe o nome dos pais, da irmã, do cachorro, dos melhores amigos, e no outro você conhece e conversa com todos. É meio louco.
-Pois é, algumas coisas acontecem quando a gente menos espera, não é isso que as pessoas mais dizem?- perguntei e ela assentiu.
-Luan - ela falou baixo, se afastando de mim e ficando de frente para me encarar - Eu acho que esse é o melhor momento pra gente conversar sobre algumas coisas. Depois do dia que o Rober descobriu acabamos não conversando direito.
-É verdade - comcordei passando a mão em seu cabelo.
-O fato de eu estar aqui é porque eu confio em você, confio no que me diz. Mas as pessoas que sabem de nós dois, que são poucas, sempre pedem pra eu ir com calma.. - disse sem jeito - Acontece que eu já sinto algo forte porque você é o meu ídolo - deu outra pausa, e eu continuei calado - Estou passando por cima de qualquer outra opinião porque eu acredito em você - respirou fundo e colocou o cabelo atrás da orelha -Eu sei que não posso pedir pra gostar de mim como gosto de você, e que você sai com outras mas...
Depois disso ela não falou mais nada, apenas sorriu e me puxou pra um beijo.
-Luan - Well apareceu ali me chamando, e isso fez com que nos afastássemos.
-Oi?! - o olhei.
-Sua mãe está chamando vocês pra comer a torta que ela fez.
-Opa, estamos indo - levantei e puxei Mari pra levantar comigo.
Passamos pelo Well que me olhava com uma cara nada boa. Deixei Mari ir na frente e parei do lado dele, perguntando porque ele estava com aquela cara.
-Nada, eu só acho que...você não devia mentir pra ela assim!
-Tá ouvindo conversa dos outros agora? - ri.
-Ela gosta de você, é pra isso que roubou ela do Rober?
-Eu não roubei ela de ninguém, e para de se meter no que não te diz respeito. Vem comer a torta - falei saindo dali. Era só o que me faltava. Todos os meus amigos contra mim por causa de uma menina.
Perto das sete horas da noite fui levar Mari embora. Conversamos sobre a copa e ela estava bem mais sorridente do que antes depois da nossa conversando na varanda. No fim, eu estava a fazendo feliz, e disso ninguém podia reclamar. Me despedi dela dentro do carro e neguei seu pedido pra que eu entrasse, alegando estar cansado, e de fato eu estava um pouco.
Voltei pra casa dos meus pais com o som do rádio ligado, em alta velocidade. Como a minha casa estava vazia, decidi que dormiria lá aquela noite, para não ficar sozinho. Estacionei o carro e entrei rodando a chave no dedo. Minha mãe estava sentada na sala lendo um livro, e o fechou assim que me viu.
-Já pedi pra Lurdes arrumar seu quarto - ela falou sorrindo pra mim, Lurdes era sua nova empregada.
-Obrigado - sorri me sentando no sofá.
-Eu conversei com a Mariele, ela é mesmo um amor de menina, você tinha razão - falou e eu sorri apenas assentindo. - Sei que não está apaixonado por ela, te conheço.
-Ainda não é hora de me apaixonar por ninguém - falei encarando a parede.
-Mas por ela não vale um esforço? Ela é tão encantadora e bom.. Luana precisa de uma mãe.
-Não é a hora pra falar disso, eu ainda quero aproveitar mais. - me levantei do sofá - Eu vou pro meu antigo quarto. Boa noite - beijei a testa da minha mãe e fugi daquele assunto chato.
...
-Tá ouvindo conversa dos outros agora? - ri.
-Ela gosta de você, é pra isso que roubou ela do Rober?
-Eu não roubei ela de ninguém, e para de se meter no que não te diz respeito. Vem comer a torta - falei saindo dali. Era só o que me faltava. Todos os meus amigos contra mim por causa de uma menina.
Perto das sete horas da noite fui levar Mari embora. Conversamos sobre a copa e ela estava bem mais sorridente do que antes depois da nossa conversando na varanda. No fim, eu estava a fazendo feliz, e disso ninguém podia reclamar. Me despedi dela dentro do carro e neguei seu pedido pra que eu entrasse, alegando estar cansado, e de fato eu estava um pouco.
Voltei pra casa dos meus pais com o som do rádio ligado, em alta velocidade. Como a minha casa estava vazia, decidi que dormiria lá aquela noite, para não ficar sozinho. Estacionei o carro e entrei rodando a chave no dedo. Minha mãe estava sentada na sala lendo um livro, e o fechou assim que me viu.
-Já pedi pra Lurdes arrumar seu quarto - ela falou sorrindo pra mim, Lurdes era sua nova empregada.
-Obrigado - sorri me sentando no sofá.
-Eu conversei com a Mariele, ela é mesmo um amor de menina, você tinha razão - falou e eu sorri apenas assentindo. - Sei que não está apaixonado por ela, te conheço.
-Ainda não é hora de me apaixonar por ninguém - falei encarando a parede.
-Mas por ela não vale um esforço? Ela é tão encantadora e bom.. Luana precisa de uma mãe.
-Não é a hora pra falar disso, eu ainda quero aproveitar mais. - me levantei do sofá - Eu vou pro meu antigo quarto. Boa noite - beijei a testa da minha mãe e fugi daquele assunto chato.
...
Estava jogando vídeo- game na sala quando recebi uma ligação do Dudu.
-Boi, eu escrevi um começo de refrão que eu acho que é bom. Pode vir pra cá?
-Vou sim cara, daqui a pouco chego aí.
Desliguei o vídeo game e subi pra trocar de roupa. Liguei pro Douglas e o chamei pra ir pro VIP comigo, hoje aquela música ficaria pronta. Como combinado, saí da minha casa e passei na casa do meu amigo pra buscá-lo, indo em direção ao estúdio do Dudu em seguida.
Assim que chegamos, vimos Dudu sentando na frente do pc, ajeitando alguma coisa. Ela nos cumprimentou animado e pegou o violão cantando o que já tínhamos da música, até o começo do refrão que ele tinha feito.
-Tô louco? - ele perguntou animado - Esse refrão é bom cara!
-Nossa, é forte né? Eu gostei - falei com sinceridade - O que achou? - perguntei pro Douglas que pegou um violão provavelmente já pensando em algo que se encaixasse pra que terminássemos enfim aquela música.
-É muito bom - Douglas comentou.
-Boi, boi.. olha o começo desse refrão.. - Dudu outra vez se animou - Eu falo que te amo na sua cara - cantou fazendo gestos e eu sorri - Nossa é bom, boi.
-Se tirar você de mim não sobra nada - cantei a outra parte que ele tinha pensado e ainda emendei com a minha ideia - O teu sorriso me desmonta inteiro - continuei cantando e eles me olharam espantados - Aow fubáaa! - bati palma animado, aquilo estava ficando muito bom mesmo.
Conversamos mais um pouco e enfim conseguimos o refrão perfeito!
-Aí sim cara - Dudu falou depois que eu cantei a música inteira - Cara que loucura vei . Conseguimos - bateu na minha mão - Massa vei - bateu na mão de Douglas.
Ali nascia um novo sucesso, e eu também via, como um novo recomeço pra minha carreira, pra minha vida. A vida que eu estava começando a aceitar viver, mesmo sem a pessoa que eu mais amava.
Notas da Autora:
Vamos por parte, o único que não gostou da Mari foi o Puff ( por essas vocês não esperavam, né? rs ). Bom, o Weel pelo visto tá do lado do Rober e Luan acabou sendo grosso com ele também. #CadeSeuCoraçaoLS ? kkkk Nosso cantor cara de pau feat safado/cachorro/sem vergonha, outra vez iludiu nossa pobre protagonista, e pior, só pra bichinha parar de falar.. ai! Mas não vamos nos importar, como eu já disse pra algumas, tá quase na hora dela cair do cavalo, a questão é, como ela vai reagir a tudo isso? Não percam as cenas dos próximos capítulos, e como o próximo é show de bola vou fazer suspense e postar depois de 25 comentários ( aumentei mesmo, é um capítulo bastante aguardado kkk ) Beijoos
PS: sobre Luana, ela não aparece muito porque ainda é novinha, mas tenho planos, relaxem..
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