sexta-feira, 1 de julho de 2016

Parte 1 - Capítulo 18

Luan Rafael

Eu sei. Não estou certo! Sei que isso é covardia, que eu não gosto da menina mas eu até tô gostando de ficar com ela. O fato do Rober gostar dela pesava minha consciência, mas o amor dele não era correspondido e uma hora ele teria que desencanar dela. Já que eu já tinha feito, ia continuar fazendo, e bem... era melhor que ele não descobrisse nada, pra ele não ficar mal, e nem chateado comigo.

Terminamos de assistir o filme e logo eles saíram do quarto, queria ter outra noite mais intensa com ela, só que não foi possível. Deitei na cama e fiquei mexendo no instagram, Bruna tinha postado uma foto linda, que me fez querer estar perto da minha filha.

                       brusantanareal
brusantanareal Vim ficar com minha princesinha! Titia linda!

Curti a foto e comentei que estava morrendo de saudade. Minha filha era um presente na minha vida, sem ela nada teria sentido, e com toda certeza, nem no mundo eu estaria mais. Apesar de tudo que eu fazia, Ana ainda tomava conta da minha cabeça quase que completamente, e eu sabia que nada mudaria isso.

Mariele Andrade

Rober quis me levar até a porta e eu deixei, era bom que colocássemos um ponto final naquilo tudo, estava na hora dele entender que nossa relação era de amizade e não passaria disso. Paramos em frente a minha porta e eu virei para encará-lo.

-Agora não tem Luan pra segurar vela - ele falou vindo pra cima de mim.

-Rô, é sério. Vamos conversar - o empurrei e ele já virou o rosto, ele sabia o que eu falaria - Você sabe Rô, mas insiste. Eu gosto de você, gosto de como me faz rir no whats, gosto de saber que confia em mim, gosto da sua humildade. Mas não gosto pra ter algo mais sério. Eu não quero que continue insistindo achando que uma hora vai acontecer, isso fica chato, tanto pra mim, quanto pra você.

-Tudo bem - ele falou me encarando de novo - Não tento mais.

-Antes de qualquer coisa somos amigos e vamos continuar sendo, mas é só isso.

-Tudo bem.

Nos despedimos  de um jeito desconfortável, mas foi necessário. Entrei no quarto e Tatá já estava dormindo. Fui tomar um banho, para depois fazer a mesma coisa.

Acordei no dia seguinte com Tatá pulando em cima de mim, ela queria saber como tinha sido e eu estava com tanto sono que não conseguia raciocinar direito. Como sabia que ela não me deixaria dormir outra vez, me levantei pra tomar um banho e enquanto fazia isso, contava pra ela sobre a aventura da noite, passada. Ela riu, mas disse que o que eu tava fazendo com o Rober não era certo, e ela tinha razão. Contei da conversa que tinha tido com o Rober e ela não gostou, mas também disse que pararia de insistir. Era isso que eu queria mesmo.

Bateram na porta e Tatá foi abrir, enquanto eu terminava meu banho. Minutos depois voltou falando que a galera tava toda em uma sala tomando tereré e conversando, ou seja, iríamos pra lá. Terminei meu banho logo e fui me arrumar.

Passei uma maquiagem pra disfarçar a cara de sono que ainda tinha e prendi meu cabelo, enquanto esperava Tanara tomar banho, tirei uma foto e postei.

               mariandrade


mariandrade "Uma vida não basta ser vivida, precisa ser sonhada."

Fiquei mexendo no celular até ela ficar pronta, e assim que isso aconteceu fomos pra tal sala.

Pra minha surpresa, até Luan estava lá, e ele sorriu de lado quando me viu. Cumprimentei todos que estavam ali e sentei num sofá com dois lugares, sabendo que Tatá sentaria ao meu lado. O Elton - ou Heman como o chamavam - me passou um tereré e eu bebi um gole grande, amava muito aquela bebida, mas nem lembrava a última vez que tinha tomado.

-Então meninas, fala uma música aí pro Luan cantar pra gente - Elton falou animado pegando o tereré de volta, depois de também ter oferecido pra Tatá, e ela não ter aceitado.

-Tudo menos Luan Santana - Well falou e todos riram.

-Ah, eu gosto de Marcos e Belutti - falei sem jeito e todos me encararam.

-Conheço uma boa - Luan falou ajeitando o violão no colo - É bem recente.

-Então me mostra - sorri pra ele que assentiu virando o boné pra trás, aquilo só me deixou mais apaixonada. Tenho uma queda forte por meninos que usam boné.

Retoque o batom.
Volta pra sala sem ninguém perceber.
Disfarce o sorriso que eu deixei em você. 
Não foi por acaso acontecer..
Guarde o que é bom e não se culpe pelo que aconteceu...
Se teve amor então tudo valeu. 
Ele que me desculpe mas sou eu...
Mas sou eu...
Mas sou eu...
Quem te faz feliz.
Sua alma diz.
Como duvidar.
Se a razão te carrega pra ele mas seu coração sempre te faz voltar pra mim..
Sua alma diz, 
como duvidar, se a razão te carrega pra ele mas seu coração sempre te faz voltar pra mim...


Sorri da letra, era a primeira coisa que eu reparava em uma música, e aquela dizia tudo. Descrevia minha atual situação com o Luan, e eu fiquei muito boba com a frase que dizia que "se teve amor, tudo valeu." Então, teve amor?

-Gostou Mari? - ele perguntou sorrindo e eu apenas assenti, louca de vontade de beijá-lo ali, na frente de todo mundo. - Gostei do seu cabelo mais claro nas pontas .  - comentou e eu ri.

-Percebeu só agora?

-Foi - sorriu sem graça, mas eu não o culparia, ele era lerdo mesmo.

Pediram outra música e ele voltou a cantar. Tatá olhou pra mim e cochichou no meu ouvido :

-Ele é tão cara de pau que assusta - comentou e eu ri

-Você também percebeu? - perguntei e ela assentiu - Mas é como ele disse, se teve amor, tudo valeu.

-Mari, Mari.. não se ilude não.

-Você sempre acaba com minha animação.

-Eu só tento te ajudar a continuar animada, se é que me entende.

-Luan é diferente..

-É? Por quê? Porque é seu ídolo? Luan é homem, como outro qualquer.

Resolvi ignorar o que ela dizia e voltei a admirar ele cantando. Confiava no Luan, e tinha esperança que ele nunca me magoaria. Era até impossível imaginar isso.

Luan Rafael

Como iríamos embora mais tarde, acordei e chamei a galera pra uma sala do hotel, queria sair um pouco daquele quarto, e já que aquele hotel era repleto de salas onde eu poderia ficar eu quis ir pra uma delas.

Rober estava bem sério e eu não quis nem perguntar o motivo, até porque eu já sabia mais ou menos o que era, de certo Mari deu outro fora nele. Quando o elevador se abriu e saímos, uma ruiva com um corpo bem desenhado entrou nele, acho que ela nem reparou que era eu, mas eu reparei bem nela e naquele corpo incrível que ela tinha.

-Nossa que gostosa essa que entrou ein cara? - cutuquei Rober que deu de ombros.

-Quer que eu chame ela?

-Não, hoje eu tô de boa. - ri, mas bem que não seria uma má ideia levar ela pro meu quarto e ter uma rapidinha antes de ir pra outra cidade do show - Que foi testa? Tá calado.

-Nada não.

-Me fala, você não confia em mim?

-Eu desisti da Mari - falou e eu suspirei, sabia que tinha a ver com ela - Não vou mais tentar nada com ela, e também quero distância.

-Não cara, eu até te entendo, mas vocês são amigos, você não pode se afastar dela.

-Vai ser melhor Luan, só assim pra eu esquecer ela de vez.

-Isso aí é uma atração boi, vai passar. Mas não se afasta da menina não, ela gosta de você.

-Ela disse isso ontem mesmo.

-Então... mantém a amizade. Logo você se encanta por outra pessoa, porque não aquela amiga dela?

-A Tatá? - ele riu e eu assenti - Não cara, acho que não.

-A vida é cheia de surpresas. Mas não fica assim não, boi. Vai passar - bati em seu ombro e abri a porta da sala.

Pedi pra chamarem as meninas e quase uma hora depois elas apareceram. Mari estava linda, com o cabelo preso e trazia um sorriso encantador nos lábios. Cantamos algumas músicas e vez ou outra eu a encarava. Lógico que ela percebia, mas acho que era só ela mesmo.

-Cansei, alguém quer cantar agora?

-Eu nem tento - ela falou.

-Ah por quê não?

-Canto muito mal.

-Mal? - a amiga dele se intrometeu - Você parece uma maritaca rouca cantando - falou e todos riram.

-É tão ruim assim? - perguntei.

-É horrível, poupe meus ouvidos. - outra vez rimos dela.

-Então vai ser você que vai catar, testa - chamei ele que negou - Vamos, tu canta benzinho.

-Nem pensar - ele falou descruzando os braços, tinha passado aquele tempo todo calado.

-A nem, vocês são devagar demais Vou voltar pro quarto pra dormir um pouco. - falei me levantando e todos fizeram o mesmo - Vão dormir mais também meninas? - encarei Mari que negou.

-A gente vai comer alguma coisa.

-Entendi, e vão pro show hoje com a gente?

-Não, tenho aula amanhã, preciso voltar pra São Paulo.

-Que pena, mas não vão sem se despedir - pisquei pra Mari que assentiu rindo.

Voltei pro meu quarto e me joguei na cama, teria mais algumas horas pra descansar, e aquele seria o último show da semana. Em pouco tempo estaria com minha filhinha de novo, e também, teria um encontro com meus sogros, que eu já sabia que me traria muitas lembranças da minha Aninha, o único amor da minha vida.

Quando estava quase pegando no sono, ouvi batidas na porta. Parei e esperei pra ver se tinham mesmo batido ou se era coisa da minha cabeça. E outra vez ouvi o barulho. Levantei e fui até a porta e pelo olho mágico vi que era Mari. Abri a porta sorrindo.

-Vim me despedir - ela falou me beijando de surpresa, e eu a puxei mais pro meu corpo.

-Amo meninas com atitude.

-Bom saber disso. - ela falou me beijando outra vez.

-Eu não acredito nisso. - ouvimos uma voz e nos afastamos na mesma hora.

Notas da autora:
Repararam que o Luan só notou o cabelo da Mari agora? Enquanto o Rober percebeu no mesmo dia.. Olha a diferença de uma pessoa interessada e outra não. rs Queria agradecer a Isa que me mostrou essa música do Marcos e Belutti que se encaixa tão bem no nosso casal Luriele rs. Agora me falem, quem vocês acham que viu os dois aos beijos? Será que foi o Rober? Hmmm, boa pergunta rs. Vamos descobrir depois de 25 comentários. Bjos! 

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