sexta-feira, 1 de julho de 2016

Parte 1 - Capítulo 27

Luan Rafael

-Como é mesmo seu nome? - perguntei quando subíamos pro meu quarto.

-É Deborah.

-Deborah, não repara na minha bagunça - ri pra ela que assentiu envergonhada.

Tinha feito show em Cuiabá e vi Deborah na frente do palco, como ela era bonita e chamou minha atenção pedi pra que Rober a convencesse a ir comigo para hotel. Ele não disse nada, e apenas me obedeceu, o que fez eu estranhar. Parecia até que tinha se conformado com eu ficar com outras meninas além da amiga dele.

Como eu já imaginava, a menina aceitou ir comigo para o hotel, e agora estávamos na porta do meu quarto, e sem romantismo nenhum eu já comecei a beijá-la assim que eu fechei a porta. Rodei nossos corpos e a prensei na parede, levando minha mão direita a sua coxa descoberta, apertando com uma certa agressividade. Parei nosso beijo e desci até o seu pescoço, onde logo ela se arrepiou. Subi minhas mãos pelo seu corpo e apertei seu seios com força, o que fez ela gemer instantaneamente. Deborah estendeu o pescoço me dando melhor acesso e agora além de beijar seu pescoço eu também tirava  sua blusa devagar. Voltei a beijar sua boca e me livrei logo do seu sutiã. Em seguida, a levei pra cama, e ela começou a agir tirando minha roupa como eu fazia com ela. Assim que tirei seu short sorri ao ver a calcinha minúscula que ela usava, parecia até que ela adivinhava o que ia acontecer.

-Parece que você adivinhou, vermelho é minha cor preferida .- comentei tirando sua calcinha, e a joguei num canto qualquer do quarto, começando a lhe estimular com meus dedos em seguida.

Deborah gemia baixinho, e aquilo era gostoso de ouvir. Peguei minha carteira do lado da cama e puxei um pacote de camisinha, sem parar de beijá-la. Pedi licença pra ela e rapidinho fui até o banheiro colocar a camisinha. Quando voltei, ela tocava os próprios seios, o que me excitou muito.

Subi em cima dela e beijei sua barriga com carinho, subindo pouco a pouco. Quando alcancei sua boca de novo, segurei meu membro com a mão e o levei até sua entrada, a penetrando devagar. Mordi seu lábio inferior e comecei os movimentos na mesma velocidade do começo, bem lento, aumentando aos poucos, junto aos gritos que ela dava.

Não foi uma transa longa, mas acho que tinha sido bom para nós dois. Logo ela começou a se vestir dizendo que tinha que voltar pra casa, pois os seus pais tinham a ligado centenas de vezes, e nós só não ouvimos porque estava no silencioso. Fui até o banheiro jogar a camisinha fora e me limpar bem rápido mas logo voltei pra me despedir dela, dessa vez de cueca. Me despedi dela sorrindo e ela, como todas as meninas geralmente fazem, saiu deixando o seu número.

Fechei a porta do quarto e a primeira coisa que eu vi, foi a calcinha dela jogada num canto. Peguei a mesma na mão rindo, imaginando ela indo pra casa sem. De certo ela não achou a calcinha, e por estar com pressa deixou pra lá. Ou ela poderia ter deixado de propósito, só pra que eu lembrasse dela. Ri da situação e me sentei na cama, até ouvir batidas na porta.

Assustado, vesti minha bermuda e escondi a calcinha embaixo do travesseiro, seja lá quem fosse, poderia ver aquilo na minha mão, e com certeza não seria muito legal. Também poderia ser a menina, que pode ter voltado pra buscar sua parte de baixo, mas eu não podia contar só com isso.

Abri a porta do quarto e me assustei. Mariele estava ali, e com uma cara nada boa. Pra melhorar, Roberval estava do seu lado, e eu tenho certeza que ele torcia pra que Deborah ainda estivesse ali comigo. Dessa vez você não conseguiu, Roberval, pensei sozinho.

-Mari - lhe abracei e olhei Rober de lado - Valeu pela surpresa, cara - falei com ironia,  e ele revirou os olhos saindo dali logo depois.

Entrei com Mari pro quarto e ela estava estranha, nem deixou eu lhe dar um selinho. Ok, eu tinha certeza que Rober tinha falado algo pra ela. Para minha surpresa, ele não contou sobre eu estar acompanhado a poucos - pouquíssimos na verdade - minutos atrás. Mari me questionou sobre a música que eu gravaria. Falei pra ela que era só uma música, e na verdade, era só isso mesmo. Aquilo não queria dizer nada, eu só tinha gostado da letra diferente. Quando ela começou a chorar eu fiquei sem reação, tinha que fazer algo, e pra vê-la melhor, disse que estava apaixonado. Eu não me entendo, nem sei porque estou fazendo isso. Eu só sei que eu não quero que ela desista de mim.

Consegui a convencer que a música não dizia nada, e até disse que não gravaria se ela quisesse, mas ela disse que não tinha problema, e logo desmontou aquela cara brava, voltando a me olhar com ternura. Falei pra ela que ia tomar banho, e fui a deixando ali, mais calma do que quando havia chegado.

Tomei um banho morno, enquanto minha consciência começou a pesar com todas minhas mentiras. Uma coisa era eu falar que ela mexia comigo, outra era eu falar que estava apaixonado, sem estar de verdade. Mari não merecia isso, mas agora, nem tinha como voltar atrás. Molhei o meu cabelo e um pouco antes de passar o shampoo, me lembrei da calcinha escondida em baixo do travesseiro. DROGA.

Desliguei o chuveiro e enrolei a toalha na cintura saindo do banheiro com pressa, vendo Mari com a calcinha na mão, e os olhos transbordando em lágrimas.

- É assim que você diz que tá se apaixonando por mim? - Perguntou chorando e veio pra cima de mim com tudo - Cachorro, cretino! - disse enquanto me batia.

-Ei, calma. Deixa eu explicar - segurei seus pulsos, fazendo ela parar de me bater.

- Vai me falar o que agora? Qual a nova desculpa? - perguntou se soltando, jogando a calcinha em cima de mim.

-Eu não sei de quem é isso - falei segurando a calcinha na mão e ela riu nervosa.

-VOCÊ NÃO SABE, LUAN? ISSO É DA MENINA QUE TAVA COM VOCÊ AQUI NESSA CAMA - Gritou se virando de costas, tentando limpar as lágrimas que não paravam de cair - Ela saiu agora? - perguntou voltando a me encarar e eu fiquei calado - Claro, que sim. Olha como está a cama - negou com a cabeça passando a mão no rosto - Que nojo - disse baixo - Eu estava deitada na cama onde UMA PIRANHA ACABOU DE TRANSAR COM VOCÊ - disse outra vez se exaltando - Me avisaram, me falaram que você estava me fazendo de idiota.. eu que não quis acreditar...- falou andando pelo quarto e eu não sabia o que inventar.

-Mari, me desculpa eu...

-Não fala nada Luan. - ela me interrompeu - Nem perde seu tempo - pegou a bolsa que estava encima da escrivaninha ao lado da cama e ameaçou sair.

Segurei em seu braço e ela soltou na hora, mesmo assim entrei em sua frente:

-Espera, você não tem direito de ficar com raiva de mim. Eu não sou seu namorado, a gente só estava ficando.

-Você é um idiota - ela me empurrou - Sai da minha frente!

-Eu não trai você Mariele..

-Você só me fez de palhaça. Só isso. Minha raiva não é só de você ficar comigo e com outras, porque por essa eu já esperava. Minha raiva é você falar pra mim a minutos atrás que estava apaixonado, sendo que tinha acabado de transar com uma menina, bem aqui, na mesma cama!

-Mas...

-MAS NADA. CHEGA! Chega de me enganar, de mentir pra mim. - me empurrou e eu acabei saindo da frente da porta - Parabéns Luan, você conseguiu fazer eu te odiar! - disse abrindo a porta - Eu te odeio como pessoa e agora te odeio como cantor também - falou saindo dali, me deixando mal com tudo que tinha ouvido.

Mariele Andrade

Entrei no elevador chorando muito, quanto mais eu tentava limpar as lágrimas, mas elas escorriam. Podia ligar pro Rober, mas não queria falar com ninguém, não queria assumir meu erro, nem falar "é, você tinha razão". Queria sair dali o mais rápido possível, mas não conhecia aquela cidade, e não podia sair pelas ruas nessas horas sozinha.

Limpei as lágrimas e me aproximei do balcão, pedindo a recepcionista que chamasse um táxi pra mim.

-Ta tudo bem? A senhora quer uma água? - ela perguntou preocupada ao me ver naquele estado.

-Eu tô bem, só preciso voltar pra São Paulo logo - falei limpando as minhas lágrimas e ela pegou o telefone pra chamar o táxi.

Fiquei ali esperando e ela pegou um copo com água pra mim, o que fez com que eu controlasse, ao menos um pouco os meus soluços. O táxi chegou e pro meu alívio, o taxista não me questionou sobre nada. Respirei fundo centenas de vezes e fui aos poucos parando de chorar, não dava pra chegar ao aeroporto daquele jeito.

Consegui comprar uma passagem pra 6 horas da manhã, o que me faria ficar ali por horas e horas. Peguei meu celular e apaguei a foto que tinha postado de manhã, me sentindo idiota outra vez. Sem pensar muito, também apaguei o número dele do meu celular, junto a todas as músicas e fotos. Não queria mais saber dele, não queria mais pensar nele.

Comprei uma água e me sentei em um banco um pouco isolada. Tinha que parar de ser fraca, de chorar por meninos que faziam questão de me magoar. Luan não merecia um terço de todas as lágrimas que eu derramei, e eu estava decidida, não iria ficar mal por causa dele. Vida que segue, agora eu ia aprender a me amar mais, a ser fã de mim mesma.

Cheguei em São Paulo perto das 9 horas da manhã e minha cabeça doía muito. Além disso, minha cara estava inchada de chorar, e eu já estava com um óculos no rosto que disfarçava um pouco.

Assim que eu cheguei em casa, joguei a bolsa no sofá e corri pra abraçar minha mãe, começando a chorar de novo. Ela sentou comigo no sofá e me perguntou o que tinha acontecido. Contei pra ela tudo e ela não falou nada, apesar de poder jogar na minha cara, que tinha mandado eu ir com calma. Todo mundo falou.. eu que não dei ouvidos.

-Chora meu amor. Coloca tudo pra fora. - disse me deitando em seu colo - Mas promete pra mamãe que vai ser a última vez que vai chorar por algum homem. - falou passando a mão em meu cabelo e eu assenti.

-Eu devia ter te ouvido, mãe - soluçava.

-Agora passou. Ele é só um idiota que não merece seu amor - falou tentando me acalmar.

Luan Rafael

Depois que Mari saiu eu me sentei na cama, ainda sem saber bem o que eu estava sentindo. Mesmo antes de conhecer a Ana, quando eu ficava com várias, eu nunca, NUNCA tinha mentido tanto pra alguém como menti pra ela, e juro, eu não sei porque fazia isso. Por algum motivo desconhecido eu não queria que a gente parasse de ficar. Era muito mais do que gostar do jeito dela e achá-la bonita, mas ao mesmo tempo, não era metade do que eu sentia por Ana.

Voltei ao meu banho, me sentindo mal por dentro, me lembrando de suas últimas palavras. Eu não tinha só perdido uma pessoa legal, tinha perdido uma fã.

Fiquei ali debaixo do chuveiro por muito tempo, mas logo saí .As horas passavam e eu já estava ficando mais cansado.Vesti uma roupa mais fresca e ao encarar a cama, me lembrei outra vez da Mari, do quando eu a fiz chorar. Tirei o lençol e forrei com outro que estava dentro do guarda - roupa. Me deitei em cima dele e fiquei mexendo no celular. No meu instagram,tinham muitas fãs falando da Mari, que ela tinha apagado todas as fotos comigo, algumas até falavam que ela tinha feito isso por causa da última foto que ela tinha postado. Entrei em sua conta e a última foto dela não tinha nada demais, além das fãs se questionando porque ela tinha apagado nossas fotos.

Entrei no twitter e só então vi a foto que ela também deve ter apagado, já que eu não vi. Era uma foto que tínhamos tirado em sua casa a alguns dias atrás. Pelo visto, ela estava disposta a me esquecer mesmo, e mesmo eu não sentindo o mesmo que ela, fiquei mal com tudo.

Ouvi batidas na porta e me levantei na hora, correndo pra abrir a porta. Era Roberval, que me olhava com uma cara bastante séria.

-O que você fez Luan? - ele perguntou bravo e eu fiquei calado - A recepcionista disse que ela saiu daqui chorando, me fala o que você fez? - tornou a perguntar e eu o encarei sem saber o que falar.

-Eu não fiz nada Roberval, ela só descobriu que eu não queria nada sério com ela, que tudo que eu falava era mentira, e que eu nunca senti nada. - falei o encarando sem baixar a minha guarda.

-Menos mal - ele falou me encarando com desdém - Ela finalmente caiu na real, e com certeza vai encontrar alguém melhor do que você.

-E quem é essa pessoa? Você? - perguntei rindo e ele riu também.

-Qualquer um Luan.. não sendo você está ótimo - falou sorrindo de lado e aquilo me deixou bravo - Qualquer pessoa com mais caráter, vai saber dar o valor que a Mari merece. Boa noite - falou por fim, voltando ao seu quarto.

Bati a porta com força e voltei a me deitar na cama. Quer saber, melhor assim mesmo. Essa menina só acabou com minha vida, fez eu e meu secretário brigar, e agora eu ainda tinha que ouvir aquilo tudo dele, que querendo ou não, me atingia. Decidi não mexer mais no celular, e fui dormir.


Eu estava sentado no sofá da minha casa jogando vídeo- game, quando Ana apareceu com Luana no colo.

-Amor, faz ela dormir? - pediu carinhosa e eu sorri, pausando o jogo pra pegar minha filha - Nossa, eu estou exausta - ela falou se sentando no sofá, pegando o controle na mão, jogando no meu lugar.

Comecei a cantar baixinho e logo Luana dormiu. Subi com ela pro seu quarto e a deitei no berço com cuidado, pra que ela não acordasse. Desci de novo pra sala, pronto pra propor um jogo onde eu e Ana pudéssemos jogar juntos, e onde eu ganharia, fazendo ela fazer charme dizendo que tinha deixado eu ganhar.

-Baixinha, vamos jogar algum eu contra você?

-Ah não meu amor, quero só ficar grudadinha em você, vem cá  - me chamou com um sorriso lindo no rosto e eu sentei do lado dela. - Como anda os preparativos pro DVD? - perguntou se encaixando em minhas pernas, puxando meu braço pra lhe abraçar, nos deixando colados um no outro.

-Ótimo, estamos recebendo tantas músicas legais.- falei animado.

-Que bom meu amor, tenho certeza que esse DVD vai ser um sucesso.

-Deus te ouça - falei beijando seu cabelo.

-Sabe a Mariele, Luan? Aquela minha amiga aqui do condomínio? - perguntou e eu assenti - Ela terminou com o namorado tadinha, chorou tanto.

-Nossa, sério? Mas por quê? 

-Pegou ele com outra. Mas todo mundo via que ele não gostava dela, só não entendo porque deixou que tudo continuasse se não sentia nada sabe? - perguntou e eu me senti mal.- Se você não gosta da pessoa, pra que fazer ela de boba?  Eu não acho certo. - falou revoltada - E a Mariele é tão lindinha, tão encantadora, não entendo como alguém não gosta dela. - falou tirando meus braços de volta dela, virando pra me olhar nos olhos - Nunca faça isso, Luan. Não engane ninguém que você não ama. Pensa que a pessoa também tem sentimento, e que ninguém merece isso. Entendeu? - perguntou e eu assenti, ainda mal por tudo que tinha ouvido.

Acordei assustado e suava frio. A muito tempo eu não sonhava com Ana e é lógico que aquilo me fez começar a chorar do nada. Sei e entendi muito bem o que o meu sonho quis dizer. Me perdoa meu amor, por ter me tornado uma pessoa que com certeza você não se orgulharia,.

Notas da Autora:
A Mari enfim caiu na real, e sério, tadinha dela. Bom, quem ganhou o sorteio de peguete do Luan foi a Deborah, uma das minhas leitoras, e me desculpe por Mari ter te chamado de piranha, não é que eu te ache isso, e nem que você seja, é só porque ela estava com ciumes ne? Acho que você entende.Como muitas me pediram Ana apareceu em sonho, agora é saber o que Luan vai fazer, será que rola um pedido de desculpa? Próximo capítulo começa a vingança, e eu não falo mais nada. rsrs  

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